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Bruxelas - Centenas de vítimas de abuso sexual se apresentaram na Bél­­gica com relatos angustiantes de como foram molestadas por padres da Igreja Católica Roma­­na, em casos que levaram a pelo menos 13 suicídios e afetaram de maneira grave crianças e jovens, disse uma comissão investigadora ontem.

O professor Peter Adriaenssens, dirigente da comissão, disse que os casos de abusos na Bélgica po­­dem ter sido até mais disseminados do que o relatório de 200 pá­­ginas sugere.

"A realidade é pior do que nós apresentamos aqui porque ninguém conta essas coisas automaticamente em um primeiro contato com a comissão", ele disse à imprensa.

Adriaenssens, um psiquiatra pedagogo que trabalhou com vítimas de traumas por 23 anos, disse que nada o preparou para as história que emergiram, de abusos que arruinaram as vidas das vítimas.

"Nós não falamos apenas so­­bre tocar as crianças. Estamos falando de abuso anal e oral, masturbação forçada e mas­­tur­­bação mútua. Nós falamos sobre pessoas que sofreram sé­­rios abusos", disse Adriaenssens.

Grande parte dos abusos na Bélgica aconteceu nas décadas de 1960 e 1970, ele disse. A Igreja Católica Romana na Bélgica definiu os casos como uma "calamidade", disse Adriaenssens. O ar­­cebispo belga André-Joseph Leo­­nard disse que ele se manifestará na segunda-feira ao relatório. O Vaticano não fez comentários imediatos, mas o bispo de Tour­­nai, Guy Harpigny, elogiou o trabalho de Adriaenssen.

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