A maior parte das conversas sobre as consequências ecológicas do acidente nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, foi sobre o impacto do desastre de 1986 sobre os animais. Pesquisas recentes refutaram a ideia de que a região em torno da usina de energia, contaminada por radiação e proibida para a maioria dos humanos, tenha se tornado um tipo de Éden pós-apocalíptico para cervos, raposas e outros mamíferos e pássaros.
Um novo estudo dos mesmos pesquisadores mostra que a região não é um paraíso para invertebrados. Anders Pape Moller, da Universidade de Paris-South, e Timothy A. Mousseau, da Universidade da Carolina do Sul, relatam na publicação "Biology Letters" que a abundância de insetos e aranhas foi reduzida na área.
Os pesquisadores conduziram pesquisas-padrão em florestas ao redor de Chernobyl durante três primaveras, de 2006 a 2008, anotando os números de abelhas, borboletas, libélulas, gafanhotos e teias de aranhas em pontos com níveis radioativos que variavam em quatro ordens de magnitude.
Após controlar por fatores como altura da vegetação e tipo de solo, eles descobriram que a abundância diminuía com o aumento da intensidade de radiação. O declínio era notável até mesmo em áreas com níveis relativamente baixos (cerca de 100 vezes de paisagens normais), o que sugere que a maioria dos invertebrados é altamente sensível a radiação.
Os pesquisadores notam que a maior parte da radiação da área está na camada superior do solo, e dado que muitos invertebrados passam muito tempo dentro ou próximos do solo como ovos, larvas ou adultos , isso pode explicar o declínio.
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