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Um acordo com a ONU vai autorizar o Irã a usar seus próprios técnicos para inspecionar um complexo militar supostamente utilizado para desenvolver armas nucleares.

A revelação, se confirmada, deve servir de argumento para o governo israelense e a oposição republicana aos EUA contra o acordo nuclear costurado pelo país com o Irã, semanas antes da votação do projeto pelo Congresso em Washington.

O local em questão é o complexo de Parchin, no norte do Irã, um dos locais onde, suspeita-se, estejam sendo desenvolvidas armas como parte de um programa nuclear nacional. O Irã afirma que o programa possui fins estritamente pacíficos.

Até o momento, todas as inspeções internacionais às instalações de pesquisa nuclear iranianas foram realizadas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU.

O acordo sobre Parchin foi firmado de forma paralela entre o Irã e a AIEA, que não foi assinado pelos EUA e as outras cinco potências que redigiram o documento, mas que foi endossado como parte do pacote.

Sem divulgar seu conteúdo, a administração Obama descreveu o documento como um acordo técnico rotineiro entre Teerã e a AIEA sobre as particularidades da inspeção.

Todos os países-membros da AIEA são obrigados a reportar à agência detalhes de seu programa nuclear. Alguns países não precisam se submeter a inspeções, mas apenas fornecer um relatório sobre o material nuclear que possuem. O Irã, porém, apontado como suspeito de querer desenvolver uma bomba pela comunidade internacional, é alvo de um escrutínio mais rigoroso.

O documento, obtido pela Associated Press, diferiria do procedimento usual pela AIEA ceder sua autoridade sobre a inspeção a Teerã, permitindo que o país envie seus próprios técnicos para procurar evidências de fins bélicos no programa desenvolvido em Parchin.

A Casa Branca tem negado rumores de que exista um arranjo paralelo que favoreça o Irã no acordo nuclear assinado com as potências ocidentais.

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