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O acúmulo excesivo de gordura no fígado é um fator de risco para a aparição de tumores hepáticos, segundo um estudo publicado na revista "Science".

O Estudo realizado por pesquisadores de o Instituto de Pesquisas Biomédicas August Pi i Sunier (IDIBAPS), vinculado ao Hospital Clínico de Barcelona, em parceria com a Universidade de Queensland (Austrália) e foi dirigido por Albert Pol.

Segundo a pesquisa os lipídios e a Cavelolina - 1 são essenciais para regeneração hepática depois de uma lesão ou transplante no fígado, já que a energia necessária para sua regeneração depende dos lipídios que as células do fígado acumula durante as primeiras horas do processo.

A regeneração do fígado não interfere nas células-mãe, e as células deste tecido, os hepatocitos, podem recuperar sua capacidade de divisão quando é necessário.

Um figado normal não se divide, mas durante a regeneração de todas as células se duplicam pelo menos uma vez.

Esta multiplicação é possível graças a um sistema de regulação que permite o hepatocito acumular as reservas energéticas necessárias em forma de acúmulo de lipídios e faz funcionar a maquinaria genética de divisão.

Os pesquisadores do IDIBAPS estudaram o papel da caveolina-1. Este processo foi realizado através da comparação da capacidade regenerativa de ratos normais e ratos modificados. A conclusão foi de que rato que não tinham caveolina-1 eram incapazes de formar corpos de lipídios necessários para proporcionar energia e regeneração. NUm prazo de 72 horas só sobreviveram 22% dos ratos modificados, enquanto que 89% dos normais sobreviveram.

Até agora não se conhece nenhuma situação em que a presença desta proteína vinculada ao armazenamento de lipídios e o ciclo celular foram imprescindíveis para a sobrevivência dos animais experimentados.

Esta descoberta poderia explicar porque a esteatosis, uma doença que aparece com o acúmulo excessivo de lipídos no fígado, é um fator de risco para aparição de tumores hepatocelulares.

A acumulação excessiva de gordura no interior do hepatocito, tem como conseqüência o consumo excessivo de nutrientes, a obesidade, diabetes e o mal funcionamento hepático.

Segundo estes pesquisadores, o excesso de gordura representa para estas células uma fonte energética suficiente para proliferar de maneira inadequada, gerando o aparecimento de tumores hepáticos.

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