O julgamento da brasileira de 42 anos Denize Soares, julgada há dois dias por um tribunal penal do sudeste da França, acusada de ter envenenado seu companheiro francês, foi adiado nesta sexta-feira (3) devido a uma série de incidentes de procedimento, informou uma fonte judicial.

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"Não conseguimos serenidade nos debates, o presidente do tribunal pediu o reenvio do caso", afirmou à AFP Claude Coutaz, advogado dos pais de Sebastien Brun, cujo cadáver foi encontrado em maio de 2008 em um canteiro perto de Cabuçu, na Bahia, cidade natal de Soares, quatro anos depois de seu desaparecimento.

A decisão foi tomada depois de uma discussão que opôs o presidente do tribunal ao advogado de Denize Soares, Bernard Ripert. Este novo incidente de procedimento soma-se a toda uma série que marcou os dois dias de debates.

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"Evidentemente a estratégia da parte adversa foi eficaz", afirmou Coutaz denunciando uma corrida contra o relógio da Justiça para julgar Soares que está em prisão preventiva há quatro anos e oito meses.

Os pais de Sebastien Brun, que esperam há vários anos este julgamento, expressaram sua indignação após o anúncio do adiamento.

Os advogados da família afirmaram, no entanto, que o advogado geral informou sua intenção de entrar "rapidamente" com uma ação no tribunal de cassação, a maior jurisdição da França, para que decida sobre um novo julgamento em outro tribunal penal.

Acusada de assassinato, Denize nega os fatos. É acusada de ter envenenado Brun, 31 anos, com cianureto e de ter sumido com seu corpo quando estavam de férias no Brasil em agosto de 2004. Poderá ser condenada à prisão perpétua.

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