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Vice-presidente Alvaro Garcia Linera (esquerda) ao lado de Evo Morales | Reuters
Vice-presidente Alvaro Garcia Linera (esquerda) ao lado de Evo Morales| Foto: Reuters

A programação de eventos para comemorar a posse do segundo mandato do presidente reeleito da Bolívia, Evo Morales, nesta sexta-feira (22) em La Paz (capital administrativa), levou centenas de bolivianos à praça em frente ao Palácio do Governo e ao Congresso Nacional. Vestidos com trajes típicos dos indígenas e segurando bandeiras – cada uma das 37 etnias tem uma cor diferente -, os eleitores de Morales não se importaram com o frio e a chuva nem com os atrasos.

"Estou muito feliz de participar da festa de posse do senhor presidente Evo Morales. Ele é nosso orgulho", disse um líder indígena da região Oriente da Bolívia em um espanhol entrecortado. "Esperamos de Morales mudanças. Mudanças nos campos social, econômico e político, como ele já vem fazendo", afirmou Juana Santiago, líder comunitária.

Bandeiras coloridas, que simbolizam a unidade dos povos indígenas, foram colocadas ao lado da bandeira nacional da Bolívia. Na fachada do Palácio de Governo foram expostas telas com os rostos de heróis nacionais e de Simon Bolívar, líder revolucionário responsável pela independência de vários países colonizados pela Espanha e que é admirado por Morales e outros presidentes latino-americanos.

O discurso de Morales, que durou 3 horas e cinco minutos, foi antecedido pelas palavras de seu vice-presidente, Álvaro García, que falou por mais de uma hora. Porém, a cada aparição de Morales e do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, surgiam aplausos. O presidente reeleito se dirige aos bolivianos ora como "irmãos e irmãs" e em outros momentos como "companheiros e companheiras".

Um forte esquema de segurança foi organizado nos últimos dias em La Paz. Mas nesta sexta-feira (22) a cidade amanheceu com mais policiamento nas ruas do que o habitual. Na área em torno do Palácio do Governo e Congresso só poderiam passar pessoas autorizadas – a imprensa credenciada e os convidados.

Foi proibido o acesso de carros, ônibus, vãs e caminhões à área. O Ministério do Trabalho decretou feriado nesta sexta-feira (22) na Bolívia. Poucos estabelecimentos comerciais abriram as portas, em geral restaurantes e lanchonetes, além de lan houses – a comunicação via internet no país é considerada bastante difícil.

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