Um abrigo para refugiados sofreu um atentado nesta sexta-feira, resultado de uma crescente indignação de extremistas sobre a entrada de imigrantes| Foto: PATRICK SEEGER/AFP

A adolescente russa-alemã que afirmou ter sido sequestrada e estuprada por “mediterrâneos” em Berlim dormiu, na verdade, na casa de um amigo alemão, temendo voltar para sua própria casa em razão de “problemas escolares”, informou nesta sexta-feira (29) uma fonte da justiça.

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A história desta adolescente de 13 anos de dupla nacionalidade, alemã e russa, provocou um incidente diplomático entre a Alemanha e a Rússia, com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, acusando a polícia alemã de “esconder por muito tempo” informações sobre o caso.

As autoridades alemães já haviam garantido que a jovem não tinha sido nem sequestrada, nem estuprada.

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“Fomos capazes de recuperar os dados de seu celular que foi quebrado e recolher elementos sobre uma pessoa que identificamos como um jovem alemão de 19 anos, amigos desta menina de 13 anos”, explicou Martin Steltner, porta-voz da promotoria de Berlim.

“A jovem menina buscou abrigo na casa deste amigo, temendo por seus problemas escolares”, informou.

A justiça também foi capaz de estabelecer que a jovem manteve relações sexuais consentidas, antes de seus suposto desaparecimento, com dois homens com cerca de vinte anos, “um turco e um alemão de origem turca”.

Uma investigação por abuso sexual foi aberta pelo fato de a jovem ser menor de idade, segundo Steltner.

Esta história foi utilizada pela extrema-direita alemã para atacar os imigrantes, que ela acusa regularmente de cometer estupros.

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