O porta-voz do Diretório Nacional de Segurança do Afeganistão (NDS), Abdul Hassib Sediqi, informou nesta quarta-feira (29) que o principal líder dos talibãs, o mulá Mohammed Omar, morreu há dois anos e quatro meses em um hospital da cidade de Karachi, no Paquistão.

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Mulá Omar em imagem de arquivo. A data da fotografia é desconhecida 

O mulá -- nome dado a líderes religiosos islâmicos -- se mantinha em paradeiro desconhecido desde 2001, quando Talibã foi tirado do poder no Afeganistão após uma intervenção militar liderada pelos Estados Unidos, motivada pelos atentados terroristas de 11 de setembro.

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Desde então, o grupo lidera uma insurgência contra autoridades afegãs e tropas ocidentais buscando retomar a influência perdida no país. O Talibã governou o país de 1996 até a invasão norte-americana, em 2001.

Omar era ainda um importante aliado do ex-líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama Bin Laden, morto em 2011.

As alegações sobre a morte do mulá Omar surgiram dias antes de uma nova rodada de negociações entre o governo afegão e o Talibã.

Afeganistão sabia de morte “há anos”

O ex-chefe dos serviços secretos afegãos Assadullah Khalid afirmou nesta quarta-feira que o organismo de inteligência conhecia há anos a morte do mulá Omar, depois que fontes de segurança disseram que o Paquistão informou ao Afeganistão sobre o falecimento do líder talibã.

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“Nossa inteligência sabia há anos que o mulá Omar não está vivo”, tuitou Khalid, que dirigiu os serviços secretos afegãos entre 2012 e janeiro de 2015.

Os talibãs, por sua vez, não se pronunciaram sobre as notícias da morte de teu líder, que já foi dado por morto no passado.