O Afeganistão deve ter mais responsabilidades em relação à sua própria segurança e administração, de acordo avaliações sobre o progresso de metas alcançadas nos últimos seis meses, disse o principal diplomata da ONU para o país.
Com cerca de 150 mil soldados, liderados pela OTAN, enfrentando a mais forte insurgência contra o Talibã, desde a sua derrubada em 2001, os governos ocidentais estão ansiosos para se retirar, mas temem que os afegãos ainda não estejam prontos para assumir maiores responsabilidades.
"É a velha história do ovo e da galinha, mas a galinha está dizendo: 'estamos prontas para produzir um ovo,'" disse à Reuters numa entrevista, Staffan de Mistura, representante especial para o Afeganistão, do Secretário -Geral da ONU, Ban Ki-Moon.
Mais de 60 ministros do exterior -incluindo a Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton - se reunirão na Capital do Afeganistão na terça-feira, para uma reunião na qual o presidente Hamid Karzai vai pedir maior controle sobre os 13 bilhões de dólares destinados ao Afeganistão para ajuda e desenvolvimento.
O país já recebeu mais de 40 bilhões de dólares desde 2002, mas Karzai disse que o governo tem controlado apenas cerca de 20 por cento desse valor e que boa parte foi perdida nos desperdícios e corrupção apontados pelo ocidente, por canais diretos.
"Eles estão certos," disse de Mistura, alegando que o povo afegão apoiaria o governo, se vissem que suas instituições estavam liderando as ações de desenvolvimento.
Ele traçou um paralelo com o Iraque, onde atuou como enviado especial da ONU no auge da violência naquele país.
"Assim que eles começaram a tomar o próprio futuro em suas mãos, vimos uma melhora - não foi uma perfeição, mas foi uma melhora."
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