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O governo da África do Sul negou nesta-quinta-feira (10) a liberdade condicional para Eugene de Kock, um coronel da polícia considerado o maior assassino durante o apartheid.

O ministro da Justiça e de Assuntos Penitenciários, Michael Masutha, disse que as vítimas devem se pronunciar sobre o caso antes que ele seja libertado.

Kock, de 65 anos, foi condenado a 212 anos de prisão em 1996 por uma série de crimes, incluindo homicídios de ativistas contrários ao regime de segregação. Ele dirigiu uma unidade antiterrorista da polícia e foi chefe do serviço secreto durante o apartheid.

"Não concordei com a liberdade condicional, mas aprovei a tramitação de um novo dossiê nos próximos 12 meses" para examinar novamente o pedido de Kock, que realizou avanços na prisão, declarou Masutha durante uma coletiva de imprensa em Pretória.

"Eu sou da opinião de que é justo (...) que as famílias das vítimas tenham a oportunidade de participar no processo de deliberação" para conceder ou não a liberdade condicional, acrescentou o ministro.

Kock é um dos poucos funcionários da época do apartheid processados, depois que a Comissão para a Verdade e a Reconciliação, criada em 1995, negou sua anistia pela morte de cinco homens em 1992.

Durante seu julgamento e diante da Comissão para a Verdade e a Reconciliação, Eugene de Kock, que se autointitulou "assassino de Estado", detalhou diversas atrocidades, ataques e assassinatos cometidos por sua unidade e os justificou dizendo que cumpria ordens políticas.

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