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O mundo tem cerca de 33,4 milhões de pessoas infectadas pelo vírus do HIV, segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). Desse total, aproximadamente 5,7 milhões moram na África do Sul – país que abriga o maior número de portadores do vírus causador da aids no planeta.

Mais de 11,8% dos 49,2 milhões habitantes da África do Sul vivem com HIV, tornando a aids um problema de primeira ordem para a sua população e seu governo.

Contudo, essa atenção é novidade. Especialistas na prevenção e no combate da doenças dizem que a África do Sul só enfrenta hoje o que pode ser considerada uma epidemia da aids porque seus governantes negaram por anos a existência do problema e alimentaram mitos sobre ele.

"Há seis anos atrás, o então presidente Mbeki [Thabo Mvuyelwa Mbeki] afirmava que a aids era causada por falta de alimentação, falta de vitaminas", disse Daniel Herrerías, chefe do projeto mexicano The Wake Cup, que distribui camisinhas na África do Sul durante a Copa do Mundo. "Isso criou um mito sobre a doença e prejudicou o seu combate."

Segundo Mauro Siqueira, do Departamento de HIV/Aids do Ministério da Saúde do Brasil, havia um processo de negação da doença pelo governo da África do Sul. Esse processo foi interrompido pelo atual presidente, Jacob Zuma, mas ainda tem consequências.

Dados do próprio governo sul-africano mostram que, só em 2006, mais de 600 mil pessoas morreram por causa da Aids no país. O número é quase do dobro do registrado em 1997.

Para o membro da organização não governamental Brigdes of Hope, Samuel Masilo, o trabalho governamental de combate e prevenção já entrou no caminho certo. Precisa agora, assinalou, focar sua atenção no estímulo do uso de preservativos entre os jovens. Ainda segundo ele, também deve mirar os sul-africanos mais tradicionais, que ainda assumem um comportamento de risco por desinformação ou por resistência.

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