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A agência de investigação de acidentes aéreos da França (BEA, na sigla em francês) rechaçou nesta segunda-feira (5) as alegações de pilotos da Air France de que defeitos em sensores de velocidade foram a causa do acidente que matou 228 pessoas no Oceano Atlântico. A queda do voo 447, que partiu do Rio de Janeiro com destino a Paris ocorreu em 1º de junho

"A investigação está avançando, mas é particularmente difícil, porque é muito cedo para se poder descrever as circunstâncias do acidente ou, menos ainda, tentar explicá-lo", afirmou a BEA em comunicado.

O texto foi resposta a uma reportagem de um jornal francês, divulgada ontem, segundo a qual o sindicato de pilotos Spaf pretende apresentar seu próprio relatório sobre o desastre, nesta semana

As conclusões dos pilotos contradizem as da BEA, que disse que os sensores de velocidade, chamados pitots, eram um fator, mas não a causa principal do acidente de junho, segundo o "Journal du Dimanche"

O sindicato suspeita da fabricante do avião, Airbus, da Air France, das autoridades de aviação civil e da Agência de Segurança da Aviação Europeia, entre outras, por subestimarem os problemas com esses sensores

O relatório dos pilotos argumenta que todos os órgãos e empresas sabiam dos problemas com os pitots nos últimos 14 anos. Segundo o jornal, o sindicato acredita que, se houvesse a troca dos sensores, o acidente provavelmente teria sido evitado

A Air France também reagiu à reportagem, afirmando que conclusões foram tiradas sobre as causas do acidente e divulgadas "por um sindicato da minoria dos pilotos e por um piloto aposentado de outra companhia". A empresa lembrou que, além da investigação da BEA, há outra em andamento de um magistrado francês "para identificar as potenciais responsabilidades legais".

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