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Bruxelas - O diretor da Agência Inter­­nacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, afirmou ontem que o Irã está "do lado errado da lei’’ por não ter informado o início da construção de sua segunda usina de enriquecimento de urânio, cuja existência foi revelada há apenas uma se­­mana e agravou temor pelo controverso programa nu­­clear do país.

"O Irã se colocou do lado errado da lei, já que deveria ter informado à AIEA antes sobre a construção da central’’, afirmou ElBaradei, em uma entrevista ao canal in­­diano CNN-IBN.

As declarações foram feitas na véspera da reunião em Genebra entre representantes iranianos e de seis potências – Estados Unidos, Rús­­sia, China, França, Reino Uni­­do e Alemanha – para abordar o polêmico programa nu­­­­clear iraniano.

O anúncio da planta foi fei­­to na sexta-feira passada, quando carta do Irã à AIEA vazou na imprensa.

O único dado técnico di­­vulgado é que o nível de enriquecimento de urânio seria de até 5%, condição que da­­ria origem a um combustível pouco purificado, suficiente ape­­nas para alimentar reatores nucleares de geração de eletricidade.

Tecnologia

O Irã já possui uma grande usina de enriquecimento de urânio na localidade de Na­­tanz, a 250 km de Teerã, na região central do país. A existência da usina foi revelada em 2002.

O Irã insiste em que o projeto não é secreto, já que in­­formou por carta à AIEA quatro dias antes que Obama rea­­lizasse sua denúncia.

Além disso, argumenta que respeitou o protocolo do Tratado de Não Proliferação já que, na sua opinião, não teria obrigação de informar sobre a mesma até seis meses antes que se comece a alimentar.

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