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O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, advertiu nesta quarta-feira os Estados Unidos para que não realizem uma invasão militar na Líbia. Segundo ele, uma ação desse tipo resultaria na morte de muitos soldados americanos. Ahmadinejad disse que a situação atual é bastante diferente da registrada durante o mandato do ex-presidente dos EUA George W. Bush. Para ele, Bush usou "uma ilusão chamada 11 de Setembro para preparar o caminho para invadir o Iraque e o Afeganistão". O presidente iraniano proferiu um discurso público na província de Lorestan, no oeste iraniano. Ele se referiu aos atentados de 11 de setembro de 2001 que deixaram quase três mil mortos nos EUA.

"Estejam advertidos de que, se vocês intervierem militarmente uma vez mais em qualquer dos países do norte da África ou no Oriente Médio, as nações regionais irão se insurgir e cavar as covas de seus soldados", afirmou Ahmadinejad, referindo-se às notícias de que o Ocidente discute a possibilidade de uma ação militar para retirar o governante líbio Muamar Kadafi do poder.

No discurso transmitido ao vivo pela televisão estatal, Ahmadinejad reiterou que todos os "ditadores" regionais são apoiados pelos EUA. "Hoje, eles dizem que confrontam ditadores, mas em todos lugares do mundo, em todo o mundo muçulmano, em todo o Oriente Médio, onde haja um ditador, ele é apoiado por eles (americanos)", afirmou. "E agora eles vêm e dizem que querem apoiar o povo. Mas seus planos foram arruinados. Hoje ninguém reconhece sua alegação de apoiar o povo."

Há reportagens de vários meios segundo as quais os EUA consideram a opção militar para acabar com o governo de Kadafi. Porém uma intervenção do tipo parecia menos provável hoje, após o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, dizer que "não há unanimidade dentro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para o uso da força armada" na Líbia.

O governo iraniano também emitiu outro alerta ao Ocidente, no site da estatal Press TV. Citando um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, o governo iraniano afirmou que os protestos na Líbia não devem ser usados como oportunidade para o estabelecimento de uma base militar no país.

"Condenamos qualquer tipo de violência contra o povo, desta forma não humana que está ocorrendo, e esperamos que os governantes não populares a seu povo saiam de cena para evitar que seu país se dissolva em pedaços", disse Mehmanparast. "Tais questões, no entanto, não devem ser tomadas como uma desculpa para intervenção militar de outros países", acrescentou. As informações são da Dow Jones.

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