O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, acusou nesta terça-feira (23) os Estados Unidos de cercarem o seu país e disse que Washington é a verdadeira ameaça à estabilidade mundial.
O presidente do Irã, logo antes de discursar na 63ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), defendeu sua postura de confronto com o Ocidente e Israel.
"Eu gostaria de perguntar a vocês: o (exército) iraniano que está ao redor do seu país, ou são as tropas americanas que estão ao nosso redor?" ele disse durante entrevista à Rádio Pública Nacional dos EUA.
"São as tropas americanas que estão ao redor das nossas fronteiras. Não são as nossas que estão ao redor das fronteiras americanas. Então, o que exatamente os americanos fazem lá?", questionou Ahmadinejad.
Ao se referir à crise financeira nos Estados Unidos, Ahmadinejad disse ao jornal Los Angeles Times que "a economia mundial não suporta mais o déficit orçamentário e as pressões financeiras (dos EUA)".
Apesar de três rodadas de sanções do Conselho de Segurança da ONU contra o Irã, o governo de Teerã continua a desafiar os pedidos dos EUA e do Ocidente para suspender o seu programa de enriquecimento de urânio, um processo que Israel e os EUA afirmam está sendo usado para produzir no futuro armas nucleares
O Irã afirma que tem apenas objetivos pacíficos.
Ahmadinejad culpa os EUA pelas tensões mundiais e descreveu o Estado de Israel como "um avião que perdeu a sua turbina".
Ahmadinejad, que no passado pediu a destruição de Israel, disse hoje que o Estado de Israel deveria ser transformado em um estado unificado com judeus e palestinos, incluídos refugiados palestinos regressados, que superariam de longe em número a população judaica majoritária. As informações são da Dow Jones.
- Crise financeira deve marcar Assembléia da ONU
- Irã impedirá qualquer ataque, garante Ahmadinejad
- Irã coloca tropa de elite para patrulhar Golfo Pérsico
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo