| Foto: AK/mro/mb/HO

O aiatolá Ali Khamenei aprovou o acordo nuclear do Irã com potências mundiais, mas disse que o governo iraniano deve resguardar elementos centrais de seu programa nuclear até que as alegações sobre suas supostas dimensões militares no passado sejam esclarecidas.

CARREGANDO :)

Em uma carta ao presidente iraniano, Hassan Rouhani, publicada no site oficial de Khamenei, o líder supremo do Irã ordenou que o pacto firmado em 14 de julho seja implementado, mediante certas condições que o Parlamento do país estipulou em uma nova lei aprovada na semana passada.

Ele afirmou que o Irã deveria adiar o envio do estoque de urânio enriquecido para o exterior e a reconfiguração de um reator de água pesada para que não possa fabricar plutônio do tipo usado em bombas - aspectos cruciais das obrigações iranianas nos termos do acordo - até que inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) esclareçam a questão de Teerã ter buscado armas atômicas em algum momento.

Publicidade

“Qualquer ação relacionada a (o reator de) Arak e ao envio de urânio para o exterior... irá acontecer depois que o arquivo PMD (possíveis dimensões militares, em inglês) estiver encerrado”, escreveu Khamenei em sua carta.

O Irã vem negando reiteradamente que realizou pesquisas com a meta de desenvolver uma arma nuclear, embora durante anos tenha freado um inquérito da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU, baseado em informações que insinuam que a nação persa o fez, o que seria uma violação do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.

A AIEA terminou de coletar amostrar das instalações militares iranianas no início deste mês, e deve anunciar suas conclusões até 15 de dezembro.

Khamenei ainda disse que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lhe enviou duas cartas prometendo que os EUA não têm intenção de derrubar o regime clerical da República Islâmica, mas acrescentou que as ações norte-americanas provaram que “isso não é verdade”.