A suspensão do programa nuclear da Coreia do Norte, anunciada na semana passada, é "um passo importante e na direção correta", mas requer supervisão internacional, declarou nesta segunda-feira o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano.
"A AIEA tem um papel essencial no monitoramento do programa nuclear da Coreia do Norte", afirmou o diplomata japonês, reiterando que os inspetores da agência estão preparados para retornar à usina nuclear de Yongbyon para supervisionar sua atividade.
Amano admitiu que o conhecimento da AIEA sobre a situação do programa nuclear norte-coreano é "limitado", já que nos últimos três anos os analistas da ONU não tiveram acesso ao país.
Por isso, insistiu que Pyongyang deve cooperar "totalmente e com prontidão" com a AIEA e precisa cumprir com as resoluções do Conselho de Segurança e com o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.
O fechado regime comunista da Coreia do Norte anunciou na semana passada que aceitava interromper suas atividades de enriquecimento de urânio, assim como os testes nucleares e o lançamento de mísseis de longo alcance.
Segundo a agência estatal norte-coreana "KCNA", o acordo foi fechado durante uma reunião na semana passada entre representantes dos Estados Unidos, Coreia do Norte e China, no qual Washington se comprometeu a enviar 240 mil toneladas de alimentos a Pyongyang.
Para que os inspetores possam supervisionar o programa atômico norte-coreano, é necessário um convite oficial das autoridades comunistas, o que até agora não aconteceu.
Em abril de 2009, a Coreia do Norte rompeu sua colaboração com a agência e expulsou os inspetores internacionais que fiscalizavam o funcionamento do reator de Yongbyon.
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