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Funcionários do setor público britânico protestam em Londres para pressionar o governo a rever o plano de reforma das aposentadorias | Paul Hackett/Reuters
Funcionários do setor público britânico protestam em Londres para pressionar o governo a rever o plano de reforma das aposentadorias| Foto: Paul Hackett/Reuters

Grécia cumpre condição para receber nova ajuda

Bruxelas - A União Europeia mostrou sua satisfação com a aprovação ontem pelo Parlamento grego da lei que complementa o programa de austeridade aprovado quinta-feira.

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Greve geral

Servidores ameaçam parar Grã-Bretanha

Os cerca de 600 mil funcionários do setor público britânico estão mobilizados para uma greve que ameaça deixar fechadas milhares de escolas e os aeroportos do país.

Milhares de pessoas saíram às ruas ontem em Londres e em outras cidades para pressionar o governo a rever o plano de realizar reformas no sistema das aposentadorias do setor público.

Funcionários dos aeroportos afirmaram que havia filas longas na imigração devido a falta de agentes de imigração.

Os sindicatos esperam que essa greve seja o primeiro golpe no plano de austeridade do governo que planeja realizar cortes de 80 bilhões de libras do gasto público para diminuir o deficit do país.

As medidas de austeridade incluem corte de empregos públicos e benefícios, elevação da idade legal para a aposentadoria e redução do valor da aposentadoria dos funcionários públicos.

Atenas - Países da União Europeia estão apertando os cintos para pagar as dívidas e reduzir o déficit, com planos que vem gerando protestos de Atenas a Londres passando por Varsóvia. O Parlamento grego finalizou ontem a aprovação da lei de aplicação do novo pacote de ajustes, exigido pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para desbloquear a quinta parcela do primeiro pacote de resgate de 110 bilhões de euros aprovado no ano passado. Sem esse dinheiro, 12 bilhões de euros, a Grécia seria obrigada a anunciar um não pagamento em julho, afundando a zona do Euro (integrada por 17 dos 27 países da UE) numa grave crise.

Os legisladores gregos já haviam aprovado o plano na quarta-feira – que inclui cortes de 28,4 bilhões de euros e privatizações que devem render outros 50 bilhões entre 2012 e 2015 – em meio a uma cidade paralisada por uma greve geral e assolada por violentos confrontos entre policiais e manifestantes.

"Travamos uma batalha difícil e vencemos", afirmou o primeiro ministro socialista, George Papandreou.

Outros países

Em Roma, o governo conservador de Silvio Berlusconi se apressa em adotar um plano de cortes de 47 bilhões de euros para cumprir o compromisso de redução do déficit orçamentário de 4,6% em 2010 para 0,2% em 2014.

Em Portugal, outro país cuidadosamente observado pelos mercados, o novo primeiro ministro de centro direita Pedro Passos Coelho apresentou ontem ao Parlamento um programa econômico "mais ambicioso" que o previsto até agora no plano de resgate da UE e do FMI. Uma das medidas prevê uma "contribuição especial" em 2011 equivalente a 50% do segundo bônus (prêmio anual) a todos os que recebem mais do que o salário mínimo. Desta forma, o Estado espera economizar cerca de 800 milhões de euros.

Passos Coelho também anunciou uma aceleração das privatizações. "A situação das contas públicas exige maiores sacrifícios aos portugueses", disse o dirigente. Em troca de um plano de ajuda de 78 bilhões de euros concedido em maio pela UE e pelo FMI, Lisboa terá que reduzir seu déficit de 9,1% do PIB no ano passado para 5,9% este ano, com o objetivo de chegar a 3% em 2013.

Na Grã Bretanha, centenas de milhares de funcionários públicos fizeram uma greve nacional nesta quinta-feira e paralisaram muitas escolas, universidades e serviços públicos em protesto contra os planos do governo de David Cameron de reformar a previdência.

Londres quer adotar o plano de austeridade mais severo dos grandes países industrializados desde o início da crise financeira, com o objetivo de eliminar o déficit público até 2015. Este plano combina uma redução de gastos do Estado e dos governos locais, aumentos de impostos e o fim de mais de 300 mil postos de trabalhos de funcionários públicos, além de aumentar a idade mínima de aposentadoria de 60 anos, como é hoje, para 66 em 2020.

Em Varsóvia, dezenas de milhares de poloneses, convocados pelo sindicato Solidaridade, foram às ruas gritar "ladrões", para denunciar a política social do governo liberal de Donald Tusk. A Polônia vai assumir nesta sexta-feira a presidência semestral da UE.

Na Espanha, cerca de 40 "indignados" foram retirados na madrugada de quinta-feira da Praça de Catalunha de Barcelona e suas barracas de camping, montadas desde o dia 15 de maio, foram desmontadas por agentes de limpeza.

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