O auto-intitulado Estado Islâmico no Iraque, grupo ligado à Al Qaeda, criticou duramente na terça-feira as conversas entre Irã e Estados Unidos em Bagdá.

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Representantes dos dois países mantiveram na segunda-feira o encontro de mais alto escalão entre norte-americanos e iranianos em quase 30 anos. A reuniões dos respectivos embaixadores em Bagdá foi convocada para discutir formas de acabar com o conflito sectário no Iraque.

O Estado Islâmico no Iraque, um grupo sunita, disse em nota pela Internet que o Irã, xiita, está disposto a abandonar seu programa nuclear em troca do aval dos EUA para dominar o Iraque, que tem um governo liderado por xiitas.

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"O Grande Satã e seus aliados se sentaram juntos para conspirar contra o povo do Islã [sunita], depois de projetos dos cruzados [relativo às cruzadas religiosas] e dos xiitas chegaram a um beco sem saída", disse o grupo.

Autoridades e clérigos do Irã costumam se referir aos EUA como "o Grande Satã".

Com a reunião, Washington deixou de lado sua tradicional política de rejeitar qualquer contato com o Irã desde o rompimento das relações diplomáticas, em 1980, 14 meses depois da Revolução Islâmica e cinco meses depois do início de um sequestro na embaixada norte-americana, que duraria 444 dias.

A reunião de Bagdá não tratou do polêmico programa nuclear iraniano, que Washington suspeita ser voltado para o desenvolvimento de armas - o que a República Islâmica nega repetidamente.

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