Bin Laden reaparece em vídeo
Washington Um dia depois de um site islâmico usado pela Al-Qaeda ter anunciado que Osama bin Laden divulgaria um vídeo para marcar o sexto aniversário do 11 de Setembro, o governo dos EUA foi mais rápido e anunciou que obteve uma cópia da mensagem. Rapidamente, a CIA submeteu o material a uma análise e distribuiu a transcrição dos 30 minutos de imagens. Dirigindo-se ao povo americano, o terrorista não fez qualquer ameaça direta, mas afirmou que, ao não reconhecer seus erros no Iraque, o presidente George W. Bush repetia os erros cometidos pelos soviéticos no Afeganistão. Bin Laden também disse que os americanos deveriam se converter ao Islamismo para acabar com a guerra.
Nova Iorque A rede terrorista Al-Qaeda planeja lançar ataques de "alto impacto" contra os Estados Unidos, com um poder de destruição "impressionante" e uma enorme quantidade de vítimas, advertiu ontem o diretor da CIA, Michael Hayden. "Nossos analistas estimam, com alto nível de confiança, que a direção central da Al-Qaeda planeja ataques de alto impacto contra o território dos Estados Unidos", disse Hayden durante uma conferência no Conselho de Relações Internacionais, em Nova Iorque. Segundo o chefe da Agência Central de Inteligência, "a Al-Qaeda está visando alvos que produziriam um grande número de vítimas, destruição impressionante e seqüelas econômicas significativas".
"A Al-Qaeda protegeu ou regenerou elementos fundamentais de sua capacidade de ataque: isto significa que há santuários em áreas tribais do Paquistão, com gente operacional e dirigentes dedicados ao planejamento" destas ações. "Quero ser o mais direto possível sobre o perigo que temos pela frente. É algo mais real que qualquer coisa que nossos cidadãos já enfrentaram desde a guerra civil" americana (1861-65).
A advertência ocorre no momento em que o líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, aparece pela primeira vez em três anos em um vídeo, para dizer que "a América é fraca, apesar de seu poder aparente" (veja texto ao lado). Segundo Hayden, "esta é uma guerra dos serviços de inteligência e uma guerra militar, melhor dizendo, é mais uma guerra de inteligência que militar".
Sobre possíveis excessos da CIA em seu trabalho antiterrorista, Hayden disse que "para nós, isto é simplesmente uma guerra" e que "o povo americano espera que utilizemos cada polegada do espaço que temos" dentro da legalidade.
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