O segundo homem na hierarquia da Al Qaeda conclamou nesta terça-feira (6) os muçulmanos a atacarem alvos ocidentais e israelense em todo o mundo, e acusou o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, de cumplicidade com a violência na Faixa de Gaza.

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"Atinjam os interesses dos sionistas e dos cruzados onde e da forma que puderem", disse Ayman Al Zawahri em gravação divulgada por sites islâmicos.

"O que vocês estão enfrentando agora ... é um elo em uma cadeia na campanha da cruzada sionista contra os muçulmanos e o Islã", disse Zawahri. "Esses ataques são o presente de Obama para vocês (palestinos) antes de ele tomar posse."

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Segundo o militante, "a máquina mentirosa dos EUA tentou retratar (Obama) ao mundo como um salvador que mudaria a política dos EUA", e os ataques em Gaza estariam expondo sua verdadeira face.

Nesta terça-feira (6), Obama manifestou-se pela primeira vez sobre a situação em Gaza, onde Israel iniciou uma campanha militar há 11 dias, que já resultou em 683 mortes, muitas das quais de civis. O futuro presidente se disse "muito preocupado", mas afirmou que até a posse, em 20 de janeiro, evitará comentários mais aprofundados.

Zawahri, que é egípcio, chamou o presidente do Egito, Hosni Mubarak, de "traidor" por não ter apoiado suficientemente os palestinos diante do bloqueio israelense à Faixa de Gaza.

Ele sugeriu greves gerais no Egito e disse que um soldado egípcio que assassinou vários turistas israelenses em 1985 é "um exemplo a seguir para os zelosos e livres no Exército egípcio".

Numa versão em vídeo preparada pela As-Shahab (braço de mídia da Al Qaeda), o discurso aparece sobre uma foto de Zawahri e de uma criança palestina recebendo cuidados médicos.

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