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Pela primeira vez na história da Alemanha o país terá um salário mínimo oficial, de € 8,50 por hora. A remuneração que entra em vigor neste dia 1º de janeiro valerá para todos os trabalhadores no país, com exceção de aprendizes e estagiários. Dos 28 países da União Europeia, apenas sete não tinham legislação de salário mínimo até 2014, grupo que agora a Alemanha deixa de fazer parte.

A reforma é defendida com uma das maneiras de estimular a economia do país, enquanto críticos veem risco de destruição de postos de trabalho. A avaliação geral, no entanto, é de que a mudança terá profundo impacto no mercado de trabalho. E pode afetar principalmente os trabalhadores dos estados da antiga Alemanha Oriental, cuja remuneração ainda está bem abaixo daquela paga a quem vive na antiga Alemanha Ocidental.

A taxa de desemprego no Leste era de 10,3% em 2013, quase o dobro dos 6% da Alemanha Ocidental e superior à taxa de 8,1% do Ocidente em 1994. Já o salário médio era de 3.577 euros nos estados do ocidente em 2013, frente aos 2.691 euros do antigo Leste Europeu.

Reportagem da "Deutsche Welle" mostra que 14,6% dos trabalhadores na antiga Alemanha Ocidental ganham menos de € 8,50 por hora, enquanto na Alemanha Oriental essa fatia é de 26,5%. Nos Estados Unidos, com legislação de salário mínimo estabelecida em 1937, apenas 5% dos trabalhadores que trabalham em tempo integral recebem salário mínimo. Segundo a publicação alemã, percentual semelhante é observado no Reino Unido, que adotou a remuneração mínima em 1999 em parte pela perda do poder de barganha dos trabalhadores para negociar seus salários.

Segundo reportagem do jornal francês "Le Monde", a Alemanha é um dos países europeus com os mais baixos salários. Em 2010, mais de sete milhões de pessoas ganhavam salário bruto de menos de € 9,54 por hora.

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