O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha confirmou nesta terça-feira o sequestro de dois cidadãos do país na Colômbia pelo Exército de Libertação Nacional (ELN).

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"Os dois cidadãos alemães são aposentados que estavam fazendo turismo pela região", disse, de forma breve, uma porta-voz ministerial.

Antes, o Ministério havia anunciado a criação de um gabinete de crise, sem confirmar o sequestro, à espera de informações mais concretas da Colômbia.

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O ministro das Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle, "ativou o gabinete de crise, que está em contato com todas as instâncias relevantes e trata com intensidade de esclarecer a situação", informou uma fonte ministerial a respeito.

O ELN divulgou ontem que sequestrou dois cidadãos alemães, que acusou de atuar como "agentes da inteligência".

Em comunicado disse que "capturaram" na região do Catatumbo (fronteira com a Venezuela) "Breur Uwe e Breuer Günther Otto, de suposta nacionalidade alemã".

Horas depois,o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, exigiu que o ELN libertasse os dois alemães e ofereceu enviar o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), para que também libertasse seis empregados de uma mineradora que estão em cativeiro desde janeiro.

O ELN sequestrou em 18 de janeiro, no município Norosí, do departamento de Bolívar, os geólogos peruanos Javier Leandro Ochoa e José Antonio Mamani, o canadense Jernot Wober, e os colombianos William Batista, Manuel Zabaleta e um terceiro cuja identidade não foi divulgada, trabalhadores de mineração Geo Explorer.

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Santos responsabilizou o ELN pelo que acontecer aos alemães e negou que fossem, como diz a guerrilha, "agentes da inteligência".

"Exigimos que os libertem, já que assumiram que estão com eles. Que os libertem, porque somente eles, o ELN, serão responsáveis perante o mundo pela vida desses dois alemães", disse. Este

O grupo rebelde declarou em diversas ocasiões a intenção de se sentar para negociar a paz com o governo colombiano, que está em processo de diálogo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em Havana.