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A composição mais provável do próximo governo de coalizão no Iraque incluiria a frente liderada pelo primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki, o grupo xiita sectário Conselho Supremo Islâmico do Iraque (ISCI) e os partidos curdos.

Mas com o anúncio dos resultados preliminares das eleições parlamentares de domingo adiados mais uma vez para hoje, as urnas ainda podem reservar surpresas. A análise é do governador da Província de Diyala, Abdul Nasser Mahmud, do partido sunita Tawafuq.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, na sede do governo em Baquba, ao norte de Bagdá, o governador afirmou ser impossível um governo de coalizão entre as duas principais alianças seculares que emergem dessas eleições: Estado de Direito, liderada por Maliki, e Al-Iraqiya, do ex-premiê Ayad Allawi. Ambos são xiitas, mas defendem a separação entre política e religião.

Além delas, as duas outras principais forças do novo Parlamento de 325 cadeiras deverão ser a Aliança Nacional Iraquiana (INA), formada por grupos xiitas sectários, e os dois partidos curdos, que atuam como uma frente no Parlamento. O ISCI, liderado pelo clérigo xiita Ammar al-Hakim, é um dos principais membros da INA. O outro é o grupo de Moqtada al-Sadr, também clérigo xiita e até recentemente inimigo de Hakim.

Segundo o governador, a votação da aliança Estado de Direito parece ter sido mais expressiva que a da Al-Iraqiya, e a tendência é a de uma coalizão entre o grupo do premiê e o de Hakim. Nesse caso, a INA deve se cindir, porque Al-Sadr, cuja milícia Exército Mehdi foi derrotada em 2008 pelas Forças Armadas iraquianas, não aceita se unir ao governo. Hakim já participa do governo atual de Maliki, embora ambos tenham concorrido separadamente.

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