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Sarah com o ministro Amorim: luta agora é para libertar o noivo e um amigo | Germano Corrêa/MRE
Sarah com o ministro Amorim: luta agora é para libertar o noivo e um amigo| Foto: Germano Corrêa/MRE

Nova York - A americana Sarah Shourd, que ficou 410 dias presa no Irã sob a acusação de espionagem, se encontrou ontem com o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para agradecer pelos apelos que o Brasil fez por sua libertação, que aconteceu na semana passada.

Shourd se reuniu com Amorim, que está em Nova York para os debates da Assembleia Geral da ONU, também para pedir que o país continue a interceder pela soltura de Josh Fattal e de Shane Bauer, seu noivo.

Ambos foram presos com ela, em 31 de julho do ano passado.

"Agradeço pela oportunidade de falar com o ministro, pelo interesse e pelo envolvimento do Brasil. Mas não posso comentar nada além disso", disse Sarah, ao fim do encontro de meia hora com Amorim, na sede da Missão do Brasil na ONU. Ela estava acompanhada de sua mãe e de parentes de Fattal.

Alex Fattal, irmão de um dos americanos ainda detidos, afirmou esperar que o Brasil possa continuar falando constantemente com os iranianos . "É uma grande ajuda, sabemos disso", afirmou, em português, depois de explicar que já morou em Belém.

Celso Amorim foi cauteloso ao mencionar o peso das intervenções brasileiras na soltura de Sarah.

Ele disse, no entanto, que a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, o agradeceu pela libertação.

Segundo Amorim, Hillary respondeu com um "muito obrigada!".

O ministro disse, porém, "que a gente não deve ficar tomando os créditos para si", embora tenha enviado uma mensagem a seu colega iraniano, Manouchehr Mottaki, agradecendo que as ponderações do presidente Lula tenham sido escutadas.

Amorim afirmou ainda que o Brasil continuará trabalhando pela libertação dos outros presos.

"É uma situação que não está resolvida. Como a própria moça disse, ela só se sente um terço livre, porque o noivo dela e o amigo ainda estão lá."

Ele disse ver a soltura de Sarah como um "sinal de que há uma abertura".

Antes da reunião, Amorim participou de reunião ministerial dos Brics (Brasil, Rússia, China e Índia).

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