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Um novo estudo pode ter encontrado uma via oral para o contágio pelo HIV, vírus causador da Aids. O segredo está nas amígdalas, segundo um grupo de pesquisadores dos NIH (Institutos Nacionais de Saúde), nos Estados Unidos.

Até agora, era um completo mistério entender o relato de pacientes que diziam ter sido contaminados pelo patógeno apenas com a prática de sexo oral. Isso porque as gengivas, mesmo feridas, produzem queratina, que as fortalece contra o contágio, e a saliva tem propriedades antivirais.

As amígdalas, entretanto, glândulas que servem ao sistema imunológico, possuem muitas células com uma proteína chamada CXCR4 -- um dos receptores favoritos do HIV para a invasão e posterior multiplicação. É uma faca de dois gumes. As amígdalas facilitam a detecção de patógenos perigosos ao organismo para o posterior combate pelo sistema imune, mas o preço é que elas mesmas ficam mais fragéis e expostas a esses invasores. No caso de uma infecção por HIV, essa é uma estratégia nada eficiente adotada pelo organismo.

Os dados da equipe, liderada por Sharon M. Wahl, "sugerem que a expressão aumentada de moléculas associadas à conexão e entrada do HIV , associada aos fatores antivirais inatos reduzidos, podem tornar a amígdala um local potencial para transmissão oral".

Os resultados figuram na edição de agosto do periódico médico "The American Journal of Pathology".

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