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O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, confirmou nesta terça-feira (10) que o governo brasileiro formalizou ao Irã a proposta de oferecer asilo a Sakineh Mohammadi Ashtiani, iraniana de 43 que foi condenada à morte por apedrejamento. Ela é acusada de adultério.

De acordo com Amorim, o embaixador brasileiro em Teerã, Antonio Salgado, comunicou oficialmente ao chanceler iraniano, Manouchehr Mottaki, a intenção do Brasil de receber Sakineh.

"O presidente lula expressou o oferecimento do Brasil de recebê-la, se isso ajudar a evitar a execução. O nosso embaixador em Teerã foi instruído de comunicar o fato, o que é, ao nosso ver, uma formalização desse oferecimento e desse sentimento que é o sentimento do povo brasileiro diante de algo que é desconcertante para a nossa cultura e para o nosso modo de ver", disse.

Amorim, no entanto, não informou se o governo iraniano já se manifestou a respeito da proposta de asilo.

Amorim informou ainda que antes da oferta de asilo o Brasil já havia pedido que a pena de apedrejamento fosse reconsiderada. "Há um mês mais ou menos, eu telefonei para o meu colega iraniano, o ministro Mottaki, para dizer que esse ato, o que estava anunciado, era algo que feria a sensibilidade do povo brasileiro e que, portanto, fazia um apelo, um pedido, para que eles reconsiderassem a hipótese", contou.

O ministro também questionou o fato de a pena de morte ser indicada em casos de adultério. "Naquele momento, a notícia que havia era mais sobre o apedrejamento, inclusive em função de um delito altamente discutível, de acordo com a nossa visão do mundo".

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