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Nova Iorque - O ministro das Relações Exte­­rio­­res, Celso Amorim, negou on­­tem que o governo brasileiro soubesse antecipadamente que o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, procuraria abrigo na Em­­baixada do Brasil em Tegu­­cigalpa.

Insistindo em que o país não reconhece o governo de facto hondurenho, o chanceler acrescentou que, por enquanto, a preocupação maior será com a segurança do presidente deposto.

O aval para a entrada de Ze­­laya foi dado pelo subsecretário-geral da América do Sul do Mi­­nistério das Relações Exteriores, Enio Cor­­dei­­ro. O presidente Luiz Inácio Lu­­la da Silva, que estava no avião in­­do de Brasília para Nova Iorque, foi avisado imediatamente por Amo­­rim.

Logo após informar o chanceler, o encarregado de negócios, Francisco Catunda, passou o telefone para Zelaya conversar com Amorim. "Dei as boas-vindas e perguntei se ele estava bem. Ele me respondeu que sim, mas um pouco cansado por causa da caminhada pelas montanhas."

O ministro descreveu o ocorrido antes da chegada de Zelaya, afirmando que uma deputada foi ontem à embaixada e disse ao encarregado de negócios que a mulher do presidente deposto, Xiomara, gostaria de conversar com ele. Catunda concordou e, ao encontrá-la, recebeu a informação de que o presidente deposto estava nos arredores e queria saber se podia entrar na embaixada.

Mais tarde, segundo Amorim, uma comissão de dez pessoas foi autorizada a entrar na sede diplomática.

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