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Luto

Presidente exalta missão de paz durante velório de militares

Folhapress

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu a todos os militares mortos no cumprimento de missão de paz da ONU no Haiti, a Minustah, citando-os nome a nome durante a cerimônia de honras fúnebres realizada na tarde de ontem, em Brasília.

Em seu discurso, o presidente classificou a missão como "a mais nobre já efetivada pelas nossas Forças Armadas" e cumprimentou todas as famílias dos 17 militares presentes no local.

"Foi um desses episódios em que o destino cego e implacável parece ter assumido as rédeas da condição humana!", disse Lula sobre o terremoto que devastou o Haiti no último dia 12.

Estiveram presentes na cerimônia o vice-presidente José Alencar, ministros, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e os presidentes da Câmara e do Senado. As honras fúnebres aconteceram em hangar na Base Aérea de Brasília e durou cerca de uma hora.

"O soldado brasileiro nunca foi confundido com invasores estrangeiros. Muito pelo contrário, foi a sua mão amiga que criou a confiança mútua entre a Força de Paz das Nações Unidas e os justos anseios da sociedade haitiana", afirmou Lula.Os corpos dos militares e seus familiares seguiram à noite para os estados de origem. Seis aviões foram usados para o deslocamento. Para Guarulhos (Grande SP), foram transportados dez corpos e 36 familiares. Para o Galeão (RJ), quatro corpos e 13 familiares.

Os quatro aviões restantes seguiram para Salvador (transportando apenas familiares), Uberlândia (MG), Barbacena (MG) e Santa Maria (RS).

O ministro das Relações Exte­­rio­­res, Celso Amorim, viaja hoje ao Haiti para avaliar in loco a situação e planejar ações de ajuda ao país. Amorim chamou de "suposições absolutamente mesquinhas" as afirmações de que o Brasil estaria disputando liderança com os EUA no Haiti, em entrevista na cerimônia, na sede do Ita­­maraty no Rio, de homenagem ao vice-chefe diplomático da missão da ONU no Haiti, Luiz Car­­los da Costa, morto no terremoto.

O ministro admitiu que ocorrem "pequenos percalços’’ nessas situações e que teve de ligar para a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, para liberar pousos de aviões brasileiros. "Não sabíamos se era só no início ou se ia ser um padrão." Hillary, disse, foi solícita e atendeu a suas reivindicações.

"Fez-se muito barulho em torno de eventuais rivalidades e até suposições que seriam absolutamente mesquinhas, de que o Brasil estaria disputando liderança com os EUA. Não estamos dis­­pu­­tando liderança com ninguém, o Brasil, dentro da Minustah, está desempenhando sua tarefa, os EUA estão mandando forças que dão ajuda efetiva na parte humanitária."

Viagem

Na quarta-feira, a assessoria de imprensa do Itamaraty afirmou que Amorim não planejava visitar o país caribenho porque não haveria um motivo específico para a ausência do chefe da di­­plomacia neste momento. Mes­­mo porque outros diplomatas já estiveram no país – como o se­­cretário-geral do Itamaraty, em­­baixador Antônio Patriota, que foi ao Haiti com dois diplomatas. No entanto, os planos do ministro mudaram.

"Estou trabalhando porque amanhã (hoje) devo para ir ao Haiti, onde terei vários encontros. De lá estou indo para o Ca­­nadá, onde vai ter encontro de países doadores", afirmou o mi­­nistro.

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