O chanceler Celso Amorim discutirá no sábado em Caracas com seu colega Nicolás Maduro o entravado processo de adesão da Venezuela ao Mercosul, informou o Itamaraty na sexta-feira.

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Amorim também será recebido pelo presidente Hugo Chávez, que manteve atritos com parlamentares brasileiros, aos quais cabe aprovar a inclusão de novos sócios no bloco fundado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

A Venezuela negocia há mais de um ano sua adesão plena ao Mercosul, mas há obstáculos comerciais e políticos. Também falta a ratificação paraguaia à adesão venezuelana.

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O processo, no entanto, está complicado depois que Chávez acusou os parlamentares brasileiros de atuarem como porta-vozes dos interesses dos Estados Unidos.

Amorim, que visita Caracas voltando de El Salvador, pretende tratar de "temas como o Protocolo de Adesão da Venezuela (ao Mercosul) e negociações específicas em curso, como programa de liberalização comercial", segundo nota do Itamaraty, citando também projetos de cooperação energética.

O comunicado informa ainda que serão tratados também assuntos relacionados à cooperação energética entre os dois países.

Na semana passada, os presidentes Chávez e Luiz Inácio Lula da Silva mantiveram uma longa reunião na qual reafirmaram seus compromissos de integração energética e prometeram empenho pela adesão venezuelana ao Mercosul.

Antes daquela reunião em Manaus, Chávez disse que seu país não iria se arrastar para entrar no Mercosul. Sem citar o Senado brasileiro, atribuiu a demora na retificação "à mão do império".

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