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Alguns analistas políticos vêm levantando dúvidas com relação às pesquisas eleitorais equatorianas. No último plebiscito popular, de maio de 2011, em que foram decididas reformas do sistema judiciário, o mandatário venceu com uma diferença muito menor do que a que era anunciada.

"Não descarto uma surpresa", diz Simon Pachano, da FLACSO. "Ele é o favorito, mas os números podem não ser bem estes das pesquisas e pode haver um segundo turno."Também um instituto de pesquisa mexicano, o Arcop, apontou Correa como tendo menos de 40%, o que levaria a votação a um segundo turno.

"Não é possível confiar em nenhum instituto equatoriano, assim como os meios de comunicação, estão comprometidos com o governo ou têm medo de publicar a verdade. As coisas podem não ser tão fáceis para Correa", diz o jornalista Emilio Palacio. Ex-colunista do "El Universo", Palacio vive auto-exilado em Miami desde que foi condenado à prisão por chamar Correa de "ditador".

Há quem diga, porém, que as pesquisas também podem estar erradas, mas para menos. "Eu não acharia maluco que ele obtivesse mais de 60%. Hoje Correa tem toda a maquinaria do Estado a seu favor, como nunca teve antes, isso pode alavancar os números reais para cima. As pesquisas estariam erradas, sim, mas porque são ruins, não porque estão direcionadas", diz Pablo Andrade.

Desde quinta, ficaram proibidas as divulgações de números. Os primeiros resultados de boca-de-urna começarão a sair às 20h (horário de Brasília) de amanhã.

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