Beirute – Logo após sua chegada a Beirute, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, pediu ontem que o grupo xiita libanês Hezbollah e o governo de Israel cumpram os termos do cessar-fogo em vigor há duas semanas. A afirmação soou como um indício de que o conflito de um mês, que deixou 1,3 mil mortos, ainda está latente. A ministra do Exterior de Israel, Tzipi Livni, insistiu ontem que a trégua depende da libertação de dois soldados israelenses seqüestrados dia 12 de julho pelo Hezbollah, no episódio que deu início ao conflito.

CARREGANDO :)

Annan iniciou ontem por Beirute um giro pelos países do Oriente Médio para manter conversações sobre os aspectos não resolvidos do plano para o cessar-fogo entre Israel e o grupo xiita Hezbollah. Ele irá ainda nesta semana a Israel, Síria e Irã.

Annan pediu que o governo de Israel levante o bloqueio marítimo e aéreo imposto ao Líbano no início do conflito com o Hezbollah; e ao grupo islâmico, a libertação dos dois soldados israelenses capturados.

Publicidade

Em conversa com jornalistas, disse que a ONU está disposta a mediar uma troca de prisioneiros e também pediu que o Hezbollah entregue os soldados israelenses às autoridades libanesas ou ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Em Beirute, ele visitou os bairros xiitas destruídos pelos pesados bombardeios israelenses junto com o primeiro-ministro Fuad Siniora.

Em entrevista a uma tevê particular do Líbano, o líder do Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, disse lamentar o seqüestro, e afirmou que autoridades da Itália e da ONU iniciaram contatos para uma troca de prisioneiros. Apesar de aparentemente arrependido, o Hezbollah não quer libertar os israelenses sem uma contrapartida.