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Havana – As imagens e mensagens de Fidel Castro divulgadas por ocasião de seu 80.º aniversário trouxeram calma a Cuba ontem, mas não conseguiram pôr fim às dúvidas sobre sua volta ao poder a curto prazo, ou à esperança de Washington e Miami de uma mudança política na ilha. Os cubanos retomaram sua rotina, matizada ontem com comentários sobre o semblante de Fidel no vídeo e nas fotografias divulgadas, em que, pela primeira vez, ele aparece prostrado em uma cama.

A imprensa, controlada pelo Estado, reproduziu o impacto internacional da aparição de Fidel. O jornal "Juventud Rebelde" publicou uma resenha sob o título "Fidel: notícia nos jornais mundiais". Na ilha, os comentários foram variados. "Em breve, ele estará de volta", afirmou uma jornaleira de 64 anos. "Sua mensagem me soou como uma despedida", comentou uma mulher de 41 anos, que trabalha em Havana. Após a divulgação das fotos e do vídeo, os membros do Partido Comunista de Cuba se uniram em torno do presidente.

Na primeira reação de Washington, Sergio Aguirre, porta-voz do Departamento de Estado, indicou ontem que "os irmãos Castro tentam impor uma sucessão dinástica, com Raúl como regente e herdeiro". Em Miami, capital do exílio cubano, opositores de Fidel comentaram que o presidente está muito mal para retornar ao poder, e disseram ter esperança de que Raúl não ficará por muito tempo à frente do governo.

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