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Pelo menos 27 pessoas morreram nesta quarta-feira na Síria, metade delas no reduto opositor de Homs, em novos ataques das forças do regime, apesar da aceitação do plano do mediador internacional, Kofi Annan, para solucionar a crise.

O grupo opositor Comitês de Coordenação Local (CCL) informou em comunicado a morte de 13 pessoas em Homs (centro), seis em Hama (centro), três em Idleb (norte), duas em Deir ez Zor (este), duas em Deraa (sul) e uma em Aleppo (norte).

A ofensiva mais sangrenta voltou a atingir Homs, tanto contra a cidade como em outras localidades próximas como Abl, que foi alvo de bombardeios durante horas.

Esta continuação dos ataques contra Homs acontece um dia depois de o presidente sírio, Bashar al Assad, visitar o devastado bairro de Bab Amro, palco de bombardeios e de combates entre os rebeldes e as forças do regime até o início de março.

Em Hama, os CCL denunciaram que as tropas governamentais invadiram alguns povoados como Towaini e Karnaz, assim como os arredores da cidadela de Madiq.

Em Towaini, onde morreram pelo menos três pessoas, as forças do regime incendiaram uma centena de casas.

Enquanto isso, a província de Idleb foi castigada de novo pelos bombardeios, concretamente as localidades de Kfar Batej e Jan Sheijun, que também foram invadidas pelas tropas.

Horas antes, os CCL pediram que se declare a cidade de Saraqeb em Idleb como "zona de desastre" após a ofensiva militar que causou a morte de 40 pessoas e a fuga de 70% de seus habitantes nos últimos dias.

Estes fatos ocorrem apesar de Damasco ter aceitado o plano de seis pontos de Annan, que busca o fim das hostilidades sob supervisão da ONU, a libertação dos detidos nos protestos antigovernamentais e o envio de ajuda humanitária.

Neste sentido, os CCL divulgaram hoje um comunicado no qual lamentaram que a iniciativa de Annan parece que "não vai encontrar melhor destino" que as da Liga Árabe porque o regime de Assad não vai mudar.

"O plano outorga ao regime mais tempo para assassinar mais civis", criticou o grupo opositor, destacando que "a comunidade internacional fracassou em assumir suas responsabilidades morais e legais com o povo sírio".

Segundo dados da ONU, mais de nove mil pessoas morreram na Síria, enquanto outras 200 mil se deslocaram a outras áreas dentro do país e 30 mil se refugiaram em outros países desde a explosão das revoltas.

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