O partido político criado pelo Wikileaks anunciou neste sábado que apresentará outros dois candidatos ao Senado da Austrália, que concorrerão nas próximas eleições junto ao fundador da portal, Julian Assange.

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Assange, que segue refugiado na embaixada do Equador em Londres, anunciou em dezembro sua candidatura à câmara Alta pelo estado de Victoria.

O diretor de campanha do Wikileaks, Greg Barns, disse que o partido conta com dois candidatos "altamente qualificados" para o Senado nos estados de Nova Gales do Sul e da Austrália Ocidental, embora tenha evitado revelar os nomes.

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Barns mostrou sua confiança em que o Partido Wikileaks possa conseguir as cadeiras ao Senado nos três Estados nos quais terá candidatos, mas acrescentou que "dependerá do Governo dar oportunidade para que Assange retorne à Austrália".

"Na minha opinião, e acho que na de muita gente, seria muito embaraçoso internacionalmente para os eleitores de Victoria se não pudessem ter no Senado a pessoa pela qual votaram", disse Barns ao grupo midiático "Fairfax".

O fundador do Wikileaks se encontra refugiado na embaixada equatoriana em Londres desde junho do ano passado para evitar sua extradição para Suécia, onde é acusado de supostos delitos sexuais.

Assange teme que a Suécia o deporte para os EUA, onde poderia ser condenado à pena de morte ou à prisão perpétua pelas filtragens de informações diplomáticas confidenciais do Governo americano através do Wikileaks.

O jornalista australiano disse em fevereiro que se for eleito senador, se livraria das acusações já que os Estados Unidos suspenderiam a investigação contra si para evitar abrir um enfrentamento diplomático, o que levaria o Reino Unido e a Suécia a fazer o mesmo.

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O Partido Wikileaks assegurou que superou os 500 filiados que necessita para se registrar como partido político para as próximas eleições de 14 de setembro, e que fará a inscrição na Comissão Eleitoral antes da data limite, na metade de maio.