O chefe máximo da guerrilha das Farc, Timoleón Jiménez, abriu nesta segunda-feira (3) a possibilidade de retificar o acordo de paz que foi rejeitado, em uma votação apertada, no referendo de domingo (2) na Colômbia.
“Estamos analisando com calma os resultados para prosseguir, porque isso não significa que a batalha pela paz tenha sido perdida”, declarou Jiménez, também conhecido como Timochenko, à rádio W a partir de Havana, sede por quase quatro anos das negociações de paz. O líder rebelde declarou que, embora o “Não” tenha vencido nas votações, as Farc “projetarão iniciativas” para levar “este processo adiante”.
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Este resultado “nos enche de mais entusiasmo, nos compromete muito mais, porque de qualquer forma há diversas leituras e é preciso analisá-las para ver e que é preciso retificar”, indicou à emissora colombiana.
Neste sentido, destacou que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo de Juan Manuel Santos seguem comprometidos no “mesmo objetivo” de resolver um conflito de 52 anos que deixa milhões de vítimas entre mortos, desaparecidos e deslocados.
Santos e Timochenko assinaram o acordo de paz há oito dias em Cartagena, norte da Colômbia, e esperavam uma vitória do “Sim” para iniciar a implementação dos convênios, que basicamente apontam que os rebeldes deixem as armas e se tornem um partido político.
No entanto, 50,21% dos colombianos votaram contra, enquanto 49,78% defenderam o acordo, em um processo que teve uma abstenção de 62%.
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