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A cidade de Nova Orleans, na Louisiana, quer que seus moradores regressem logo, mas uma quantidade enorme de lixo e destroços ainda precisa ser tirada das ruas.

De casas destruídas a carros abandonados, os destroços cobrem a arruinada cidade até onde a vista alcança. Há, segundo estimativas, 22 milhões de toneladas de lixo apenas em Nova Orleans, grande parte dele formado por material tóxico que precisa ser processado.

Jim Pogue, porta-voz do Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA, disse nesta quarta-feira que os destroços deixados pelo furacão Katrina na região Sudeste do estado da Louisiana eram o suficiente para encher 3,5 milhões de caminhões grandes.

- Os caminhões formariam uma fila de 58.400 quilômetros. A fila daria a volta na Terra na altura do Equador e ainda sobraria caminhões em número suficiente para estacioná-los ao longo do trecho entre Nova York e Denver - disse.

Depois de o Katrina ter atingido a costa americana banhada pelo Golfo do México no dia 29 de agosto, o furacão Rita também chegou à região, no último fim de semana, destruindo casas, móveis e bens pessoais.

Ainda não há estimativas sobre o montante de lixo deixado pelo Rita. O furacão mais recente não atingiu Nova Orleans diretamente.

Moradores da região que voltaram para suas casas estão encontrando nada ou quase nada para salvar. Alguns simplesmente despejam seus bens arruinados nos jardins.

Kenny Deluane, de 51 anos, vestido com botas e uma máscara, arrastava os móveis para fora de sua casa, em St. Bernard, leste de Nova Orleans.

- Não posso levá-los para longe daqui e não vou pagar ninguém para fazer isso. Não é minha culpa se minha casa alagou - disse o morador.

A poucas quadras dali, Lisa Ramos, de 36 anos, em lágrimas, levava nos braços tudo o que tinha conseguido salvar - um guarda-chuva, uma caixa coberta com conchas do mar para colocar moedas, duas placas comemorativas e um monte de cheques cancelados e úmidos.

Acredita-se que em Nova Orleans cerca de 160 mil casas foram destruídas. E uma grande quantidade de carros continua abandonada nas ruas.

A limpeza depois do furacão, segundo o Corpo de Engenheiros do Exército, levará um ano até ser concluída e custará cerca de US$ 1,5 bilhão.

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