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Menos de três anos após o fim de uma longa e sangrenta guerra civil, turistas estão retornando ao Nepal e seu espetacular cenário de montanhas, em um recorde de visitas apesar da desaceleração econômica global.

O governo, liderado por um ex-rebelde maoísta que travou uma insurgência contra a monarquia por 10 anos, estabeleceu uma ambiciosa meta de dobrar o número de visitantes à nação do Himalaia até 2011, informou uma autoridade de alta patente.

Os maoístas assinaram um acordo de paz em 2006 e venceram uma marcante eleição em abril do ano passado, após o final da guerra civil que matou cerca de 13 mil pessoas. O turismo é a principal fonte de renda para o Nepal, um dos países mais pobres do mundo.

A atividade gerou 230,6 milhões de dólares em 2007, respondendo por cerca de cerca de 4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do país, mas há preocupações que o volume de dinheiro está indo para agências de turismo e não para aqueles que vivem nas regiões carentes das áreas distantes onde os turistas visitam.

O número de turistas cresceu 4 por cento no ano passado, ante os 526 mil de 2007, segundo o Conselho de Turismo do Nepal (NTB, na sigla em inglês), para o maior número desde que Sir Edmund Hillary e Tenzing Norgay escalaram o Everest em 1953 e definitivamente lançaram a indústria do turismo do pais.

Prachanda Man Shrestha, chefe do NTB, disse que o governo definiu 2011 como "o ano do turismo no Nepal" e espera receber cerca de um milhão de visitantes na esteira do acordo de paz selado no país.

"É um desafio, mas é alcançável", disse Shrestha. "Turismo não é uma escolha, mas uma obrigação para o desenvolvimento econômico do Nepal".

Os saudáveis números do turismo no Nepal vão na contramão da tendência global de desaceleração, resultado da pior crise financeira em 80 anos.

Sherestha afirmou que o Nepal, casa de oito das 14 maiores montanhas do mundo, tem uma vantagem sobre os seus vizinhos Índia e China porque pode atrair mais turistas sem investimento extra.

Mas a meta para 2011 pode ser otimista.

"A recessão financeira internacional ainda não teve impacto no turismo do Nepal e em parte da economia porque nós não temos integração direta com o mercado internacional de turismo", disse Aditya Bara, outra autoridade da NTB.

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