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Venezuela

Após protestos, Mercosul manifesta apoio total a Maduro

Integrantes do bloco afirmam que o governo venezuelano sofre "tentativas de desestabilizar a ordem democrática" no país

Após mais de uma semana de protestos violentos na Venezuela, que acabaram com a morte de três pessoas, os países que integram o Mercosul emitiram um comunicado nesta segunda-feira (17) expressando seu apoio total ao governo de Nicolás Maduro diante "dos recentes atos de violência" e das "tentativas de desestabilizar a ordem democrática" no país. A nota não menciona o dirigente opositor Leopoldo López, alvo de uma caçada policial depois que foi acusado de incitar a violência.

"Rejeitamos as ações criminosas de grupos violentos que querem disseminar a intolerância e o ódio na República Bolivariana da Venezuela, como instrumento de luta política. Os estados-membros instam às partes a continuar aprofundando o diálogo sobre as questões nacionais no marco da institucionalidade democrática e no estado de direito, tal e como foi promovido pelo presidente Nicolás Maduro Moros nas últimas semanas".

Mais cedo, o presidente uruguaio, José Mujica, adiantou que irá se encontrar com Maduro e a presidente chilena, Michelle Bachelet. Depois, o venezuelano deve passar pela Argentina e Uruguai e Brasil.

As notícias que chegam da Venezuela não são nada gratas. Esperamos que os ânimos estejam mais racionalizados (...). Há um forte problema de contrabando que explora a diferença cambial e isso cria um problema muito complicado, de origem econômica, que provoca certas dificuldades de abastecimento em uma sociedade que consome muito. Tudo isto está transtornando a sociedade venezuelana.

Durante quase duas semanas, milhares de estudantes de todo o país têm protestado nas ruas contra a insegurança, a inflação, a falta de produtos básicos e a detenção de estudantes. Mas desde quarta-feira (12), os protestos ficaram mais violentos. No domingo (16) à noite, grupos de manifestantes atacaram com pedras a sede do canal de televisão estatal VTV, de acordo com o presidente Nicolás Maduro. O governo venezuelano afirma que as manifestações são parte de um "golpe de estado fascista em marcha" e acusa grupos de ultradireita.

Também no domingo (16), uma nova crise entre Venezuela e Estados Unidos explodiu depois que Maduro ordenou a expulsão de três funcionários consulares não identificados, acusados de participação em reuniões com universitários, ao mesmo tempo que prosseguem os protestos de estudantes.

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