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Campanha online de agradecimento ao entregador carioca Caio Benício já conta com a participação de 23 mil doadores de diferentes países.
O carioca Caio Benício recebeu milhões e homenagens do governo irlandês após o ato de heroísmo| Foto: Reprodução/Campanha "Buy Caio Benicio a pint"

O carioca Caio Castro Benício, de 43 anos, que trabalha como entregador de comida na Irlanda, se tornou um herói no dia 24 de novembro ao interromper um ataque com faca contra uma criança de cinco anos e uma professora, em Dublin.

No dia seguinte, foi iniciada uma campanha online, também conhecida como "vaquinha", que já arrecadou 634 mil euros (cerca de R$ 2 milhões) para o entregador brasileiro "comprar uma cerveja", como uma recompensa pelo ato de coragem que evitou a morte das vítimas no local.

Em entrevista ao jornal O Globo, Caio afirmou que ofereceu a quantia à família da criança, para arcar com as despesas da internação e o restante do tratamento da menina, que ainda está em estado grave, no entanto os parentes escolheram não aceitar a ajuda.

"Eu nem sabia dessa vaquinha. Fiquei sabendo dois ou três dias depois do ocorrido, porque um colega me perguntou se eu sabia dela, porque poderia ser alguém querendo se aproveitar da situação. A essa altura já tinha uns 15 mil euros. Depois, a plataforma entrou em contato comigo e me cadastraram como beneficiário ", contou ao Globo.

Caio disse que a "ficha ainda não caiu" sobre as doações e ofereceu o valor arrecadado aos pais da criança, mas eles não aceitaram num primeiro momento. "Claro, estão muito nervosos com tudo", afirmou.

Apesar de ficar feliz com o reconhecimento pela iniciativa corajosa, o brasileiro disse se sentir desconfortável com toda a repercussão, enquanto as vítimas, sobretudo a menina de 5 anos, ainda está internada, correndo risco de vida.

O carioca, de Niterói, contou que foi informado de um boato de que a garotinha havia morrido no hospital, motivo pelo qual foi até a instituição de saúde e contatou que era falso. Chegando lá, foi recebido pelo pais da vítima que, apesar de pedirem privacidade, ao descobrirem sua identidade, fizeram questão que ele a visitasse no quarto. "Quando me identifiquei, eles fizeram questão que eu subisse e me trataram com muito carinho, conversamos. A partir dali, eu passei a me sentir em paz com a situação, consegui voltar a dormir", disse na entrevista.

Caio ficou conhecido após impedir, com golpes de capacete, que um homem portando uma faca atacasse mais pessoas perto de uma escola, no dia 24 de novembro, em meio a uma onda de protestos anti-imigração que ocorreram no país.

Antes da intervenção do brasileiro, o agressor (que foi preso e não teve sua identidade revelada pelas autoridades) havia ferido uma mulher e três crianças na faixa etária entre 5 e 6 anos.

Após o ato de heroísmo, o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, recebeu o carioca e concedeu a ele uma medalha de honra pelo episódio de coragem durante o ataque em Dublin.

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