Em pé de guerra com o que afirma ser uma tentativa de golpe dos EUA, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou na noite deste sábado a detenção de um número não especificado de cidadãos americanos, que ele acusou de espionagem. Segundo Maduro, eles tentavam aliciar pessoas em diferentes regiões do país para desestabilizar o governo. No mesmo dia, o presidente já havia anunciado a obrigatoriedade de vistos para americanos, temendo “interferências inadequadas”.

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“Capturamos alguns cidadãos americanos em atividades sigilosas de espionagem, tentando aliciar pessoas em cidades ao longo da costa”, anunciou.

Um dos detidos é um piloto, que ele diz ter sido capturado no estado de Táchira com vários documentos.

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No sábado, Maduro também anunciou a redução do número de funcionários na embaixada americana e o veto a entrada de autoridades do país como o ex-presidente George W. Bush e o senador Bob Menendez.

Neste sábado, o presidente venezuelano estabeleceu um sistema de visto obrigatório para todo cidadão americano que visite a Venezuela. Segundo Maduro, trata-se de um mecanismo de controle para impedir interferências dos Estados Unidos. O presidente determinou, ainda, a revisão e a redução do corpo diplomático de Washington em Caracas.

“Para proteger o nosso país, decidi implantar um sistema de visto obrigatório para todo americano que ingressar na Venezuela”, disse Maduro durante uma manifestação de simpatizantes chavistas.

Já um grupo de missionários evangélicos americanos foi solto após quatro dias detidos na cidade de Ocumare de la Costa. O governo não se pronunciou sobre possíveis motivos para a detenção.

Em plena crise econômica, o governo de Maduro tem endurecido o cerco contra empresários e a oposição. Casos de violência policial têm sido registrados com frequência em protestos desde a prisão do prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma.

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