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Volante Claiton é uma das novidades no time de Antônio Lopes. Furacão precisa vencer para respirar | Pedro Serápio / Gazeta do Povo / Arquivo
Volante Claiton é uma das novidades no time de Antônio Lopes. Furacão precisa vencer para respirar| Foto: Pedro Serápio / Gazeta do Povo / Arquivo

Sobe número de mortos; cai o de desaparecidos

Minneapolis – O número oficial de mortos no acidente da ponte que caiu sobre o Rio Mississippi na tarde de quarta-feira subiu ontem para 5, enquanto que o de pessoas desaparecidas baixou de 30 para 8 depois que famílias de supostas vítimas conseguiram localizar seus parentes em hospitais e outros locais.

De acordo com o Departamento de Bombeiros de Minneapolis, cerca de 100 pessoas ficaram feridas no acidente, das quais apenas cinco se encontram em estado grave. "Nós ficamos surpresos de não termos encontrado mais gente com ferimentos graves", afirmou o chefe do departamento, Jim Clack.

O xerife do Condado de Hennepin, Rich Stanek, afirmou que encontrar os desaparecidos pode ser um processo lento por causa da cena do acidente. "O local está uma bagunça", disse. "Nós não sabemos quantos carros estavam na ponte na hora do colapso e não sabemos quantas pessoas estavam no local", acrescentou.

A primeira-dama dos Estados Unidos, Laura Bush, visitou ontem o local do acidente. O presidente George W. Bush, que sofreu desgaste após a revelação de que a Casa Branca sabia dos problemas estruturais da ponte, deve ir a Minneapolis hoje.

Minneapolis – O desabamento da ponte sobre o rio Mississipi, em Minneapolis (EUA), que causou a morte de pelo menos cinco pessoas, gerou medo entre cidadãos e autoridades de que ocorram outros acidentes como esse, e deu início a um intenso debate nacional sobre a segurança da infra-estrutura em todo o país.

Os norte-americanos questionam a responsabilidade dos estados nas inspeções e no cumprimento das recomendações para sanar os defeitos existentes nessas estruturas, assim como a capacidade do governo federal para prevenir acidentes. A preocupação aumentou depois que veio a público que o governo federal sabia, há dois anos, que a ponte em Minneapolis tinha problemas estruturais, informação que foi reconhecida pela Casa Branca.

Ontem, o Departamento de Transporte dos EUA determinou que todas as 756 pontes que existem em todo o território nacional com o mesmo desenho da que desabou sobre o Rio Mississipi sejam submetidas a uma rigorosa vistoria. Os estados deverão fazer a inspeção ou, pelo menos, revisar os últimos relatórios publicados, para determinar se precisam corrigir problemas.

A ponte de Minneapolis ganhou apenas 50 pontos, em uma escala de 120 para medir sua segurança, o que a colocou na categoria de "estruturalmente deficiente". O responsável pelas inspeções, Dan Dorgan, afirmou que uma empresa de engenharia examinou a ponte no ano passado e deu ao estado de Minnesotta duas opções: reforçá-la com pilares de aço ou inspecionar as soldas da infra-estrutura. "Escolhemos a segunda opção, porque a primeira teria debilitado mais a ponte, que teria que suportar grandes perfurações", disse Dorgan. Ele afirmou que ele e as demais autoridades "pensavam que tinham feito tudo o que podiam". "Mas obviamente algo ocorreu de maneira horrível", disse.

As autoridades, que tinham previsto substituir a ponte, que suporta o tráfego de 141 mil veículos por dia, até 2020, agora tentam esclarecer as causas do acidente, e adiantaram que fornecerão o capital para os trabalhos de resgate e reconstrução.

O governador de Minnesotta, Tim Pawlenty, ordenou uma inspeção imediata de todas as pontes existentes no estado, mas ressaltou que nunca recebeu uma notificação de que a estrutura que caiu precisava ser fechada ou necessitava de reparo imediato. Pawlenty afirmou que uma empresa foi contratada para revisar todos os processos de inspeção e protocolos do estado.

A Associação Americana de Engenheiros Civis estima que mais de 70 mil pontes nos EUA se encontram em situações semelhantes à ponte que caiu em Minneapolis e acredita que reformar todas elas teria um custo de mais de US$ 180 bilhões.

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