"Uma maioria para atuar." Foi isso que o primeiro-ministro francês, François Fillon, declarou ser necessário após ver seu partido, a UMP, conquistar uma ampla vitória no primeiro turno das eleições legislativas deste domingo (10). Segundo ele, o resultado reflete "a vontade" dos cidadãos de fazer o país avançar.

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A UMP, partido de direita do presidente francês, Nicolas Sarkozy, teria obtido entre 46,4% e 45,6% dos votos, porcentagem obtida em uma apuração parcial. Com isto, conseguiria entre entre 383 e 501 dos 577 deputados da Assembléia Nacional. Na atual Câmara, a UMP tem 359 deputados e os socialistas, principal força de oposição, 149.

O segundo turno das legislativas acontecerá no próximo domingo (17). "O impulso está aí, mas deve ser concretizado com uma maioria presidencial, ampla, coerente e decidida a seguir adiante", disse Fillon.

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"Esta noite, percorremos uma parte do caminho, mas tudo será decidido no próximo domingo. Por isso, precisaremos que todos os franceses compareçam às urnas para eleger a próxima Assembléia Nacional", insistiu.

O primeiro turno das eleições foi marcado por uma alta taxa de abstenção, entre 37% e 40%.

Socialistas falam em mobilização

Após a ampla vitória do partido conservador UMP no primeiro turno das eleições legislativas francesas, o Partido Socialista (PS) apelou a seus eleitores a "reagirem" e se mobilizarem no segundo turno do próximo domingo (17). Reduzir a hegemonia da direita seria importante para o PS, que está ameaçado pelo que pode ser sua pior derrota desde o desastre de 1993.

A votação de hoje confirma o desmoronamento da ultradireitista Frente Nacional (FN), na esteira do revés sofrido pelo líder, Jean-Marie Le Pen, nas eleições presidenciais de maio.

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O Movimento Democrata (MD), do centrista François Bayrou, também ficou reduzido na nova Câmara dos Deputados.