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A Argentina pediu na quinta-feira ao Uruguai que não faça confusões envolvendo a atual disputa entre ambos, que Buenos Aires lembrou ter como origem a violação de um tratado, e não o bloqueio realizado na fronteira por ambientalistas contrários à construção de uma fábrica de papel e celulose.

Manifestantes da cidade argentina de Gualeguaychú mantêm paralisada a passagem fronteiriça para o Uruguai, em protesto contra a construção da fábrica na margem do rio Uruguai, que eles temem que seja poluído.

``De maneira reiterada, a Argentina pediu que o Uruguai se abstenha de confundir o verdadeiro objeto da controvérsia que mantêm nossos países: a violação continuada por esse país de um tratado bilateral'', disse a Argentina em carta enviada na quinta-feira ao Uruguai.

O governo de Tabaré Vázquez afirma que esse bloqueio impede as negociações em torno da disputa ambiental, e reclamou ao seu colega Néstor Kirchner que obrigue à liberação das pontes e estradas antes da retomada de qualquer conversação.

O Uruguai levou à Corte Internacional de Haia sua queixa pela liberação dos acessos, que provoca graves danos à sua economia. O tribunal rejeitou o pedido.

A Argentina afirma que Montevidéu autorizou unilateralmente a instalação de duas fábricas de celulose na margem do rio Uruguai, e com isso violou um tratado de 1975 que obriga consultas entre ambos os países em temas que digam respeito ao rio.

O Uruguai e a empresa finlandesa Botnia afirmam que a fábrica de papel e celulose, que representa um investimento de 1,1 bilhão de dólares, não poluirá o rio, já que usará tecnologia avançada.

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