O presidente da Argentina, Alberto Fernández, na residência presidencial em Buenos Aires, 14 de abril| Foto: Esteban Collazo/Presidência da Argentina
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A popularidade do presidente da Argentina, Alberto Fernández, sofreu uma grande queda no momento em que o país passa por problemas econômicos e restrições para o combate à pandemia de Covid-19. Uma pesquisa da Universidade de San Andrés, divulgada nesta quarta-feira (26), aponta que a aprovação do governo Fernández continua diminuindo desde abril de 2020 e chegou a 26%, o nível mais baixo desde que ele assumiu a presidência; 72% dos argentinos desaprovam a sua gestão.

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A satisfação com o rumo geral do país caiu de 57% em abril de 2020 para 11% em maio de 2021. Os entrevistados consideram que o maior problema do país é a inflação (42%), seguido pela corrupção (37%). Problemas de segurança e assaltos aparecem em terceiro lugar, com 33% das respostas, mas representam uma queda de dez pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. A parcela que disse que sua maior preocupação é a pandemia aumentou de 8% para 17% no período.

A Argentina tem de fato registrado aumento de inflação; os preços ao consumidor subiram 4,1% entre março e abril e 46,3% na comparação anual, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos do país (Indec).

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Entre os entrevistados, 60% discordam pouco ou muito das medidas de combate ao coronavírus do governo argentino. Cerca de 35% disseram concordar pouco ou muito com essas medidas. Ainda sobre as ações para reduzir os contágios de coronavírus, 92% dos entrevistados consideram necessário o distanciamento social; 82% concordam com a suspensão de viagens em grupo e 79% aprovam o fechamento de fronteiras com o exterior. Atualmente, 91% dos argentinos veem o coronavírus como algo ou muito perigoso e 76% disseram que querem se vacinar ou já foram vacinados.

A aprovação de Fernández é maior entre moradores de Buenos Aires e das regiões Centro e Noroeste do país, assim como entre os argentinos de 23 a 38 anos e entre a população de menor poder aquisitivo. A pior avaliação do presidente argentino foi feita pelas classes ABC1, de maior poder aquisitivo, e por jovens de 16 a 22 anos. Os eleitores do ex-presidente Mauricio Macri são o segmento da população com mais desaprova Fernández (96%).