A Argentina vai abater 100 mil castores que estão devastando florestas do sul do país ao roer e derrubar árvores gigantescas, disseram autoridades nesta segunda-feira (14).
A praga dos roedores de dentes grandes atingiu a província de Terra do Fogo, uma região do extremo sul conhecida como “o Fim do Mundo”.
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Leia a matéria completa“Eles podem derrubar uma pequena árvore em poucas horas e uma grande em dias. Estamos falando de árvores que têm 100 ou 150 anos, e elas não voltam a crescer”, disse o chefe de conservação da região, Erio Curto.
Os animais “derrubam árvores na margem do rio, de modo que a água transborda e inunda tudo”, disse a repórteres.
Curto disse que as autoridades assinaram um acordo para exterminar os castores com o vizinho Chile. A região circundante da Patagônia abrange a fronteira entre os dois países.
Especialistas do governo provincial disseram que pode levar de 10 a 15 anos para abater todos os castores.
O extermínio é apoiado pelas Nações Unidas e por grupos ambientais.
Especialistas irão usar armadilhas para capturar os animais e depois irão golpeá-los na cabeça para que morram rapidamente, disseram as autoridades.
A espécie foi introduzida na zona em 1946, com cerca de 50 exemplares trazidos do Canadá, com o propósito de fomentar a indústria de peles, mas os animais se multiplicaram sem controle.
As autoridades calculam que os castores destruíram uma área com o dobro do tamanho de Buenos Aires.
“Quando vi (a paisagem), me lembrei da Polônia depois da Segunda Guerra Mundial, onde todas as grandes florestas tinham sido bombardeadas”, disse o naturalista Claudio Bertonatti em uma entrevista em um documentário recente - “Castores: a invasão no fim do mundo”, de Pablo Chehebar e Nicolás Iacouzzi.
“O que aconteceu? Castores, foi isso que aconteceu”, completou.
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