Mineiros sul-africanos marcharam em protesto nesta manhã de quarta-feira (5)| Foto: AFP Photo/Alexander Joe

Cerca de dois mil mineiros, armados com paus e lanças, iniciaram nesta quarta-feira uma manifestação na mina de platina de Marikana, na África do Sul, cenário do massacre que deixou 34 trabalhadores mortos em 16 de agosto.

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Os operários da companhia britânica Lonmin marcharam cercados por muitos policiais rumo à mina da empresa em Karee, a cerca de cinco quilômetros de Marikana, com a intenção de interromper as operações no local.

Os trabalhadores iniciaram assim uma nova jornada de protestos, parecida com a de 16 de agosto, quando a polícia abriu fogo contra os manifestantes e matou 34 pessoas e deixou mais de 70 feridos.

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A Lonmin afirmou que só 4,2% de seus funcionários não foram trabalhar hoje. A nova manifestação dos mineiros de Marikana ocorreu depois da direção da companhia denunciar ontem vários de seus trabalhadores por intimidação, segundo confirmou a polícia da África do Sul.

Enquanto isso, a empresa, os sindicatos e o Ministério do Trabalho sul-africano continuam hoje conversas para chegar a "um acordo de paz" que devolva a tranquilidade para Marikana e outras minas.

Os trabalhadores de Lonmin permanecem em greve há quatro semanas e reivindicam aumentos salariais. Ao todo, 44 pessoas já perderam a vida desde o início dos protestos em Marikana, entre elas dois policiais e dois guardas de segurança, que morreram na semana anterior ao massacre dos 34 mineiros.

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