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A Argentina que vai às urnas no dia 23 vive uma crise de confiança externa e interna que já começa a afetar as reservas do país com uma crescente fuga de capitais.

Segundo dados oficiais do Ban­­co Central da Argentina, no primeiro semestre deste ano, o total de capital que saiu do país chegou a US$ 9 bilhões. Só em agosto, segundo consultoras de câmbio, a fuga foi de US$ 3 bi­­­lhões.

Como o movimento parece longe de terminar, analistas es­­timam que a cifra de 2011 che­­gue ao recorde de 2008, quando a saída foi de US$ 23 bilhões, por causa da briga do governo com ruralistas e a desconfiança com a estatização dos fundos de pensão.

Mas não são só investidores ou empresas que estão tirando seu dinheiro da Argentina. Histo­­ricamente desconfiada com sua moeda, a população fez fila nas casas de câmbio de Buenos Aires nas últimas semanas para comprar dólares – que são guardados em casa ou em cofres fora do sistema financeiros.

A fuga de cap ital ocorre quando, por medo de uma reação do governo ou deterioração das condições econômicas, os investidores que compraram títulos públicos ou privados e ações resolvem retirar o dinheiro do país.

"Há uma apreensão em relação ao que o governo diz que fará logo após a eleição", disse Jorge de Castro, presidente do Instituto de Planejamento Estratégico.

O temor está relacionado ao que integrantes do governo chamam de "aprofundar o modelo". Ou seja, com a provável reeleição da presidente Cristina Kirchner, a Casa Rosada prevê aumentar me­­didas contra a imprensa e empresas não alinhadas.

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