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Uma multidão assiste ao ato de campanha do presidente de fato da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta terça. Ele anunciou aumento do salário mínimo de até 45% | EFE/David Fernández
Uma multidão assiste ao ato de campanha do presidente de fato da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta terça. Ele anunciou aumento do salário mínimo de até 45%| Foto: EFE/David Fernández

A menos de uma semana das eleições presidenciais na Venezuela, que acontecem no próximo dia 14, o presidente interino Nicolás Maduro anunciou nesta terça-feira (9) um aumento no salário mínimo entre 38% e 45%. A mudança acontecerá por etapas: em maio, com um aumento de 20%; em setembro, de 10%; e em novembro, com incremento entre 5 e 10%, de acordo com a inflação. Ao fim da segunda fase, o salário base seria de 2.702,04 bolívares.

O anúncio aconteceu durante um ato de trabalhadores que apoiam o presidente, do lado de fora do Palácio de Miraflores, após uma marcha que saiu da Avenida Libertador de Caracas, de acordo com o jornal local "El Universal". Segundo Maduro, a mudança seria revelada apenas no dia 15, após a votação, e não seria feita em um ato de campanha. Mas não explicou por que tomou a decisão de adiantar o pronunciamento. "Miraflores é a casa do povo", indicou Maduro ao iniciar a atividade junto com um grupo musical.

A exemplo do presidente Hugo Chávez, Maduro também cantou. E fez críticas ao seu principal opositor, Henrique Capriles. "O único esforço do 'burguesinho' é usar seu avião pessoal para ir a Nova York."

Na segunda-feira, em uma resposta velada às recentes acusações da oposição, Maduro prometeu lutar contra a corrupção e a burocracia, caso os eleitores o escolham para suceder a Hugo Chávez na ida às urnas no dia 14. O candidato chavista garantiu que não haverá tolerância para os funcionários "que fazem vista grossa aos problemas do povo", num reconhecimento incomum dos males que persistem no país depois de 14 anos de governo de seu mentor - e a cuja imagem recorre com frequência para buscar o apoio da população.

O opositor, por sua vez, voltou a pedir que a população vá às urnas "para cuidar os votos", depois de denunciar o uso de recursos públicos e inclusive o acesso a urnas eletrônicas pelo governo para beneficiar seu candidato. Em desvantagem de até 18 pontos, segundo sondagens, Capriles garantiu que "a luta não terminou", e prometeu para as próximas horas "muitos rumores" que vão acirrar a disputa.

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