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O ditador da Síria, Bashar al-Assad, prometeu respeito aos acordos da ONU (Organização das Nações Unidas) para entregar as armas químicas do país à comunidade internacional. A declaração foi feita em entrevista exibida neste domingo (29) pela emissora italiana RaiNews24.

Os comentários de Assad são veiculados dois dias após o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotar uma resolução que exige a entrega da armas químicas na Síria, proposta por Rússia e Estados Unidos. A medida, no entanto, não ameaça Damasco com uma ação militar automática caso descumpra o acordo.

Questionado se seu país se adequaria à decisão, o ditador respondeu que sim e disse que o apoio à resolução mostra a intenção síria de se desfazer de suas armas de destruição em massa.

"Nós nos juntamos ao acordo contra a aquisição e o uso de armas químicas mesmo antes dessa resolução ser aprovada. Vamos respeitá-la e nossa história demonstra que sempre respeitamos nossa assinatura em todos os tratados que firmamos".

Ele voltou a afirmar que deseja discutir uma solução política na Síria desde que os rebeldes abram mão de suas armas. E afirmou que poderia sair do cargo, mas não no atual momento do conflito.

"Se sair do meu cargo ajudasse a melhorar a situação, não teria problemas, mas agora tenho que seguir no meu posto. No meio de uma tempestade não se pode abandnar o barco".E disse que a maioria dos países europeus não tem a capacidade necessária para desempenhar um papel importante nas negociações de paz sobre a Síria.

"Sinceramente, a maioria dos países europeus não tem a capacidade de desempenhar um papel em uma conferência de paz, já que não possui o que se necessita para ter sucesso nesse papel".

Assad, no entanto, não fez menção a nenhum país específico. Dos integrantes da União Europeia, Reino Unido e França são os que se envolveram ativamente na crise síria, em especial por pertencerem ao Conselho de Segurança da ONU. Tanto Londres como Paris são críticos do ditador e apoiam abertamente os rebeldes.

Por outro lado, o ditador considerou positiva a aproximação entre o aliado Irã e os Estados Unidos e vê a colaboração como uma forma de dar fim a conflitos no Oriente Médio.

"Se os americanos forem sinceros em sua aproximação com o Irã, os resultados serão positivos no que diz respeito à crise síria e todas as crises na região".

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